terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Acho que perdi meu coração por aí. Não sei ao certo aonde ou com quem, mas sei bem que não o sinto mais dentro de mim, e não seria pela dor da sua ausência, mas, sim por não sentir nada ao menos. É algo como uma barreira criada diante de tanto sofrimento ou um instinto de sobrevivência. Algo que, de alguma forma, não faz meu coração disparar com palavras bonitas e nem se despedaçar com atitudes idiotas. Algo que me dá uma proteção que, bem lá no fundo, eu não queria. Sei que a ‘falta de coração’ me preveniu de alguns bons sofrimentos, mas será que não me previne a cada dia de ser feliz? Não sei como faço pra ele voltar, não sei se devo tê-lo de volta, mas, como dizem por aí, o que é nosso sempre volta. E digamos que no momento ele é meu, talvez mais meu do que nunca, e quando ele voltar, talvez aí seja o momento em que ele esteja pronto para ser perdido para outra pessoa, de novo. 




Marina Creplive *

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A impontualidade do amor;


Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
 Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de. O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura.
 A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.



Martha Medeiros

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


Eu acredito, Papai Noel. Eu acredito no amor.Coisa que tá muito mais difícil de acreditar do que num velho fazedor de brinquedo e seus viadinhos sobrevoando nossas cabeças.Eu acredito, Papai Noel. Eu acredito no amor.


Tati Bernardi
Eu vi você voltar pra mim; Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.  Remar. Re-amar. Amar.


(Caio Fernando)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Rose : Eu te amo, Jack
Jack : Não faça isso. Não se despeça. Ainda não. Entendeu?



(Titanic)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Hoje

Hoje tentei fazer um texto, como sempre faço quando preciso desabafar. Hoje percebi que talvez nenhuma palavra, nenhuma frase, consiga descrever a confusão que sinto no meu peito. Hoje percebi que talvez, dessa vez, seja algo maior do que um texto. Hoje percebi que talvez o silêncio seja a melhor saída. Hoje percebi que talvez o destino cuide de tudo. Hoje eu percebi que o "talvez" predomina o meu "hoje". Por que só hoje?






Marina Creplive *

sábado, 4 de dezembro de 2010

Medo;

O medo voltou a dar as caras por aqui. E é tão ruim, que as vezes eu paro e a unica vontade que eu tenho é de chorar. Chorar por insegurança, porque eu tenho muito medo de tudo acontecer de novo, e eu acho que eu não aguentaria isso mais uma vez. Seria triste demais, dolorido demais. Não espero que minhas palavras façam sentido e muito menos que entendam o que eu quero dizer, porque nem eu sei explicar direito. Mas eu tenho medo, e eu nem sei o que fazer. Eu posso até deixar o tempo passar, mas parece que ele é quem faz com que a dor seja mais intensa. E o medo também. 


@Laarisays_